Associação MCP: A água é um património de todos e não só de alguns. Ela deve ser bem gerida, mas em prol da comunidade. Privatizar ou concessionar os serviços de abastecimento de água, só serve para dar lucro a alguns e prejuízo para todos os restantes. Por isso defendemos a sua não privatização.
O presidente do Conselho de Administração das
Águas de Portugal alertou, esta quarta-feria, para a insustentabilidade do
setor, afirmando que é uma "bomba relógio" que pode pôr em causa os
serviços num futuro próximo.
"Infelizmente mantêm-se problemas no
setor que carecem de resolução urgente: a sustentabilidade diferencial anual de
mais de 700 milhões de euros. As tarifas não cobrem os custos. Temos uma bomba
relógio que a não ser resolvida faz com que possa estar em causa os serviços
num futuro próximo", frisou Afonso Lobato de Faria.
O responsável falava na comissão parlamentar
de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, onde foi ouvido sobre a
proposta de lei dos serviços municipais de abastecimento público de água,
saneamento e gestão de resíduos sólidos urbanos.
Reafirmando que o setor "está
insustentável" e tem de ser equilibrado, Afonso Lobato de Faria defendeu
que são precisos "muitos investimentos" porque "as ineficiências
começam a aparecer, como as perdas de água", que rondam atualmente cerca
de 40%.
Para o presidente da AdP, o país tem ainda um
excesso de entidades gestoras, cerca de 500, quando "deveria ter não mais
de 50 entidades".
Outro problema a ser resolvido prende-se com a
equidade porque Afonso Lobato de Faria considera ser injusto que os portugueses
que moram no interior tenham de "pagar um preço muito superior" em
relação a quem vive no litoral.
Fonte: Jornal de Notícias
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