quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Encontro com a Cidadania

Associação MCP - Movimento Cidadãos por Paredes, agradece a anuência do autor, para a publicação do seu texto no nosso blog.


"Tendo sido, como Coordenador do IDP-Norte, objecto de um repto, por parte do IDP, para a realização, em Lousada, de algo que colocasse no centro do evento a cada vez mais premente questão da CIDADANIA, aceitei o repto e a seguir transcrevo a minha intervenção, no que denominei “Encontro com Cidadania”, que contou com a ilustre presença do Prof. Paulo de Morais e do Dr. Álvaro N. da Silva; vejamos, então:

Razões do Encontro:

Mais do que nunca, a CIDADANIA tem que fazer sentir a sua FORÇA e intervir na direcção política do país, nas suas duas vertentes: direitos, sim, mas também, o que frequentemente é esquecido, obrigações. O IDP lançou-me o repto, que aceitei, convicto de que seria mais uma missão de serviço prestado ao país, para organizar este Encontro e aqui estamos. E para além das intervenções que terão lugar, interessa, e muito, auscultar opiniões e sugestões; muito em especial no que diz respeito aos “Sistemas Eleitorais”.
Existem dois aspectos diferenciados, mas interligados: O Regime Vigente e Sistemas Eleitorais

E comecemos pelo Regime Vigente.

Para que as minhas posições não possam ser consideradas meramente como pessoais, recorri a vários documentos, com destaque para um, da autoria do politólogo Adelino Maltez, com cujos pensamentos e princípios me identifico; vejamos, então:

-A tragédia, social, económica e financeira a que vários governos conduziram Portugal, interpela a consciência dos portugueses no sentido de porem em causa os partidos que, nos últimos vinte anos, criaram uma classe que governou o País sem grandeza, sem ética e sem sentido de Estado, dificultando a participação democrática dos cidadãos e impedindo que o sistema político permita o aparecimento de verdadeiras alternativas.
- A Assembleia da República, sede da democracia, desacreditou-se, com os deputados a serem escolhidos, não pelos eleitores, mas pelas direcções partidárias, que colocam muitas vezes os seus próprios interesses acima dos interesses da Nação.

-É urgente mudar Portugal, dando conteúdo positivo à revolta e  crescente indignação dos portugueses.

-O que está em causa já não é a opção pela democracia, mas torná-la efectiva e participada.
-Impõe-se uma ruptura, visando um objectivo nacional, que todos os sectores da sociedade podem e devem apoiar.

-A Pátria está em perigo e é urgente dar conteúdo político e demonstrativo do sentimento de revolta dos portugueses e a solução passa, obrigatoriamente, pelo fim da concentração de todo o poder nos partidos e na reconstrução de um regime verdadeiramente democrático. E o que se constata, no actual regime, é o vigorar de uma democracia muito formal e mesmo virtual e muito pouco real, consequência de uma partidocracia; direi mesmo que como uma ditadura dos partidos, através do sistema eleitoral.

E passo assim para a segunda questão em análise, começando pela realidade que ninguém pode negar e terminando com as eventuais soluções, estas sim, passíveis de discussão e de serem objecto de opiniões diversificadas. E desde já quero salientar não ser, de modo algum, especialista na matéria de “Sistemas Eleitorais”, muito embora defendendo, e desde já fica aqui registado, um sistema em que a “votação nominal” seja a pedra angular.

Vejamos, então, as razões que me levam a defender tal princípio:

Muitos portugueses julgam que “vivem em democracia”- e aqui passo a citar Jorge Tavares-porque “têm o voto”. Mas poucos olham para o que o seu voto decide: PRATICAMENTE NADA…Os portugueses não têm sequer o direito básico da Cidadania, que é o de poder escolher o candidato em que gostariam de votar para o representar no parlamento.
O verdadeiro nome do nosso sistema eleitoral é o sistema proporcional de “listas fechadas”, dado que a ordem nas listas é IMPOSTA pelos partidos, em vez de ser determinada pelos eleitores. Os portugueses estão reduzidos a “votar” em listas, cuja ordem foi estabelecida pelos próprios partidos.

É sabido que faz parte da essência da democracia que o resultado das eleições não possa ser decidido antes da sua realização, mas em Portugal há DEZENAS de candidatos que sabem que vão ser deputados, semanas antes de ser deitado o primeiro “voto”: são os “Vencedores antecipados”!

O que falta aos portugueses, é o “voto nominal”, ou seja, um voto nos nomes; qual o sistema, dentro deste princípio, que melhor se adapta a Portugal, tendo em consideração a mentalidade do país e a sua organização administrativa e territorial, não me compete apresentar e muito menos defender, dado não ser especialistas na questão, competindo a esses mesmos especialistas apresentar as suas opções e deixar, depois, os cidadãos escolher, podendo, como a democracia o exige, o actual sistema ser uma das opções a sufragar.

E tudo isto porque os partidos se não auto regeneram, até porque, como frequentemente o tenho afirmado, não são constituídos por “masoquistas”…

E, assim, o actual sistema permite que a maioria dos políticos portugueses NUNCA, verdadeiramente, tenha sido submetida a um escrutínio democrático.

Nada, absolutamente nada, antes pelo contrário, tenho contra os partidos, que considero, aliás, pedras fundamentais de uma democracia de verdade; mas partidos que cumpram o que confere à actividade política uma muita honrosa e mui digna e missão: servir o país!

Assim, dar voz à Cidadania é fundamental e urgente, o que implica terminar com o monopólio dos partidos, na apresentação de listas de candidatos.

E para quem pretenda consultar algo relativamente aos diversos sistemas eleitorais vigentes na Europa, sugiro a leitura de estudos e artigos de opinião de especialistas, como Manuel Meirinho, André Freire ou Henk van der Kolk. Como se pode concluir, estou muito bem acompanhado, nas propostas que defendo e nas sugestões apresentadas. Definir quais os métodos e processos que permitam a implantação de um novo Sistema Eleitoral, é um outro desafio que se coloca, mas que não tem cabimento neste Encontro.

Que a minha modesta intervenção constitua um ALERTA para todos os que se deixaram adormecer ao som do “canto da sereia” e que correm o risco de só acordarem com o tremendo e infernal ruído do desabar do país!

Em resumo: um Novo Regime, um novo Sistema Eleitoral e só não digo uma Nova República, pelo muito respeito que os monárquicos me merecem.

E uma palavra final, dirigida fundamentalmente aos mais jovens: sempre confiei na juventude, com quem convivi parte apreciável da minha vida e tenho a certeza de que será fundamentalmente ela a reconstruir Portugal. E é essa esperança que me faz sentir menos penoso o “pesadelo “ em que se transformaram muitos dos ideais, sonhados numa certa e já distante manhã de Abril. Que, quando partir, essa esperança me acompanhe…".


Capitão Campos de Barros, Lousada

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA DO MCP

O MCP - Movimento de Cidadãos por Paredes, apresenta em sessão pública a sua lista de candidatos à Assembleia de Freguesia de Paredes.

No próximo Domingo, dia 11 de Agosto, pelas 18h, no auditório do Paredes Hotel Apartamento, na cidade de Paredes, o MCP - Movimento de Cidadãos por Paredes, apresenta a sua lista de Candidatos à Assembleia de Freguesia de Paredes

Para além da presença de todos os elementos integrantes da lista, contamos com a presença do candidato independente à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Dr. Manuel Vieira Machado.

Tratando-se de uma sessão pública de apresentação, estão desde logo convidados a participar todos os cidadãos de Paredes e demais cidadãos que entendam por bem fazê-lo.

Caro Paredense, a sua presença fortalecerá o MCP e dignificará a democracia participativa.


Paredes, Agosto de 2013

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CANDIDATURA AUTÁRQUICA 2013

MCP - Movimento de Cidadão por Paredes, candidata-se à Junta de Freguesia de Paredes, numa lista encabeçada por José Henriques Soares



Mensagem do cabeça de lista: 



"Cara(o) amiga(o),

Antes de mais peço desculpa pelo tempo que lhe possa tomar, mas face à impossibilidade de falar pessoalmente com cada um de vós, faça-o por este meio, agradecendo desde já a vossa atenção ao assunto.

Recentemente tomei a decisão de me candidatar à Junta de Freguesia de Paredes, numa candidatura apartidária e de cidadania. Julgo ser transversal a todos nós, a opinião de que o País chegou a este fundo, muito por culpa da ação (ou melhor inação, para não dizer outra coisa) dos partidos, que ao longo de quase 40 anos nos governaram, daí a decisão por uma candidatura independente e de cidadania.

O caminho político faz-se por etapas, e esta é mais uma delas. Certamente que é um caminho difícil e de sucesso imprevisível, mas também é verdade que se fosse fácil, muitos se teriam adiantado nesta aventura.

Julgo que uma eventual vitória desta candidatura (sabendo ser muito difícil atingi-la) à Junta de Freguesia de Paredes, sob a sigla do MCP - Movimento de Cidadãos por Paredes, levará a que se abram outras portas em breve.

Mas este objetivo só é atingível com o vosso apoio e amizade. Com o apoio de cada um de vós.

Este é só mais um momento, num caminho. O resultado só a Deus pertence e saberemos aceitá-lo com a naturalidade de quem não tem nada a perder.


Obrigado pela tua atenção.

O amigo,
José Henriques Soares"


Paredes, 02 de Agosto de 3013