Perante um auditório cheio, na cidade de Rebordosa, o Movimento de Cidadãos por Paredes promoveu uma conferência sobre as questões da água que afetam os Paredenses.
Para além de José Henriques Soares, do” MCP”, fizeram intervenções o Dr. Filipe Viana, vereador do PSD na Câmara Municipal de Ponte de Lima, que falou sobre a importãncia estratégica da água, enquanto um bem público e de todos. De seguida falou o Prof. Mário Frota, presidente da Direção Nacional da “apDC” (Associação Portuguesa do Direito do Consumo), que criticou a forma ilegal como continuam a ser cobradas as taxas de ramais de água e saneamento e a forma arbitrária como municípios e concessionárias tratam os cidadãos. Já o Dr. Paulo Morais, referiu-se àquilo que são os bens essenciais definidos por lei e em que medida os cidadãos estão protegidos pela mesma, tendo-se referido ainda aos “negócios escuros” feitos pelas autarquias em concessões e parcerias público privadas.
Já na intervenção final e em representação do MCP, José Henriques Soares foi muito incisivo e crítico na forma ”desleal” como a concessionária Veólia trata os Paredenses e a proteção que esta tem da Câmara Municipal. Segundo José Henriques Soares “não é legal, não é justo e não é sério, que a Câmara Municipal e o respetivo autarca continue a impôr aos cidadãos de Paredes uma taxa que é manifestammnete ilegal, diria que Celso Ferreira branqueia um “roubo” que continua a ser feito aos Paredenses, porque ele sabe que é ilegal”. Referiu-se ainda ao facto de muitos dos cidadãos ali presentes continuarem a pagar nas suas faturas consumos de água que não fazem “esta é outra das ilegalidades com que os cidadãos são confrontados mensalmente, não consomem água, mas têem de pagar, para além de ilegal é imoral e constitui uma perseguição aos cidadãos, aquilo que eu digo é NÃO PAGUEM! Os tribunais darnos-ão razão”. Segundo ainda José Henriques , este é um comportamento que não é de estranhar na autarquia “o autarca de Paredes tem uma visão de, perdoem-me o termo, se os otários pagam, deixem-nos pagar, independentemente da legalidade da cobrança e isso não se passa só com a água, por exemplo, há inúmeros tipos de publicidade que estão, desde 2011, isentas de pagamento de taxas, o que seria um benefício para os nossos comerciantes, mas de cuja lei a autarquia faz tábua rasa e continua a cobrar, com ameaças de multas, etc. Para além de ilegal, é injusto e imoral”.
Dos inúmeros participantes na sessão, importa registar que a grande maioria dos presentes eram cidadãos anónimos de Rebordosa que se confrontam com estes problemas diariamente, que perceberam o “roubo” a que estão a ser sujeitos.
Uma nota final para registar o apelo que o MCP faz aos cidadãos de Paredes que pagaram ilegalmente as taxas de ramais de água e saneamento: “Vamos pedir à Câmara Municipal a devolução do dinheiro cobrado ilegalmente!”.
Fantástica sessão de esclarecimento à população! Parabéns ao Movimento de Cidadãos por Paredes.
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